Meu imóvel vai a leilão: o que fazer?
Somos uma assessoria para investimentos em imóveis de leilão, o que significa que nossos clientes estão interessados em comprar um imóvel em leilão. Este tipo de investimento, bem feito, poder dar um ótimo retorno com segurança. Entretanto, uma quantidade significativa das consultas que recebemos – e respondemos com prazer – tem a ver com pessoas que, infelizmente, estão com seu imóvel prestes a ir à leilão. Então aqui vão algumas dicas sobre o que fazer caso o seu imóvel esteja indo à leilão:
Se sua dívida for de financiamento bancário do imóvel:
Nesse caso, tente buscar uma solução negociada com o banco. Não interessa ao banco levar o imóvel à leilão. É um procedimento trabalhoso, caro, e que nem sempre dá bom resultado. Se não for possível negociar com o banco, tente a portabilidade para outra instituição, que pode oferecer condições financeiras melhores. Se você acha que as condições contratuais são abusivas, procure um(a) advogado(a) de confiança, que seja especialista em direito imobiliário, pois ela ou ele saberá avaliar e eventualmente ajuizar uma ação para lhe ajudar. Em qualquer caso, tente agir antes que ocorra a chamada “consolidação da propriedade”. Ou seja, quando o banco transfere o imóvel para o nome dele. Quando isso ocorre, a solução ficará mais cara e difícil.
Não se engane, na grande maioria dos casos, caso não se chegue a um acordo com o banco, você vai perder o seu imóvel.
Se sua dívida for de condomínio:
Nesse caso, a negociação costuma ser mais fácil, pois os termos financeiros costumam ser razoáveis, especialmente se você negociar antes de o condomínio entrar com ação judicial. Muita gente ainda acha que a cobrança da dívida condominial demora anos. Não é verdade! Desde 2015 houve mudanças no código de processo civil e a cobrança condominial ganhou muita agilidade, podendo ocorrer em poucos meses. Além disso, a Justiça costuma ser rápida e certeira com este tipo de dívida, não havendo muito espaço para recursos ou protelação. Por tudo isso, tente negociar logo, de preferência antes que se entre com ação judicial, pois os custos de advogado encarecem ainda mais o valor.
Caso você não tenha recursos financeiros, pode tentar um financiamento para pagar a dívida, ou mesmo um “home equity”, no qual você dá o imóvel em garantia de um financiamento. No entanto, os juros da maioria desses financiamentos costumam ser maiores que os juros da dívida de condomínio, por isso é importante avaliar com atenção. Considere inclusive vender o imóvel e se mudar para um local mais barato. Você vai perder menos do que se ele for a leilão.
Vale aqui o mesmo alerta. Não se engane, a dívida de condomínio é grave! Se você não agir, mais cedo ou mais tarde perderá seu imóvel. Especialmente se o condomínio for bem administrado.
Se sua dívida tiver outra origem, um processo cível ou trabalhista:
Nesse caso, você precisa, antes de mais nada, consultar um advogado ou advogada. Esses processos têm inúmeros motivos e aspectos específicos que precisam ser avaliados por um profissional. É possível reduzir bastante a dívida, ou, pelo menos, discuti-la por um bom tempo. Não deixe o processo avançar sem agir. Quanto mais tempo passar, menor será a chance de sucesso.
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